
O lucro de apenas estes 3 bancos soma R$ 35 bilhões, valor este comparável a todo o gasto federal com educação no ano passado.
De uma forma geral, estes lucros se devem às altíssimas taxas de juros vigentes no país, decorrentes do alto endividamento público, cujo refinanciamento suga grande parte dos recursos disponíveis no setor financeiro. Assim, não sobram muitos recursos para os empréstimos a pessoas e empresas, que por isso, pagam caro pelos financiamentos, em benefício dos bancos.
Enquanto os bancos lucram rios de dinheiro – graças aos vultosos gastos do governo com a dívida pública - não há recursos para aumentar o salário mínimo. Notícia do jornal O Globo mostra que o governo federal prepara uma “blindagem” no Senado para aprovar o mínimo de R$ 545, que apenas repõe as perdas inflacionárias, ou seja, não prevê nenhum aumento real.
Outro projeto defendido pelo governo é o reajuste em apenas 4,5% da Tabela do Imposto de Renda, conforme noticiado pelo jornal Correio Braziliense. Esta tabela está defasada em 54% frente à inflação, fazendo com que os trabalhadores assalariados paguem mais imposto de renda, para bancar o ajuste fiscal, ou seja, a priorização dos gastos com a dívida pública.
Por fim, o jornal Estado de São Paulo noticia equivocadamente que a dívida interna caiu em janeiro, devido a um grande volume de “resgate de títulos”, ou seja, pagamentos da dívida. Porém, a notícia não informa que, quando o Tesouro paga a dívida, o Banco Central entende que isso aumenta a quantidade de dinheiro em circulação (gerando inflação) e imediatamente faz mais dívida, por meio das "operações de mercado aberto", que representam também dívida interna, que também pagam os juros mais altos do mundo aos rentistas às custas do povo.
Conforme mostra a própria Tabela do Banco Central (Tabela 11), a dívida interna AUMENTOU em janeiro para R$ 1,917 TRILHÃO. E considerando todos os títulos do Tesouro em poder do Banco Central, a dívida interna já ultrapassou em muito os R$ 2 trilhões.
Ou seja: quando o Tesouro paga a dívida, o BC faz mais dívida, portanto, não há saída dentro desta política. Só uma auditoria pode enfrentar este grave problema da dívida pública, que consome a maior parte dos recursos do orçamento.
Fonte: Auditoria Cidadã
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