Por Sandro PimentelO significado do dia 25 de dezembro aparece desde os registros das civilizações mais antigas. Anunciava o solstício de inverno no hemisfério norte, considerado como o aniversário de nascimento do Sol (uma das representações alegóricas do Cristo Jesus é o Sol). O fato é que em 25 de dezembro, comunidades do mundo antigo, meras tribos ou grandes impérios, mobilizavam-se para render homenagens e festejar divindades de diferentes nomes.
Elementos da cultura dos povos norte europeus, os nórdicos, enriqueceram o conjunto de práticas típicas das comemorações de fim de ano. Nessa época, os pagãos europeus celebravam o nascimento da "Criança Prometida", um deus solar, filho de uma deusa Tríplice. Em 25 de dezembro, a noite mais longa e escura do ano, acreditava-se que um menino-Deus, nascido de si mesmo, era a promessa do retorno do verão. Semelhante à história do Cristo Jesus, o menino-deus dos nórdicos também estava destinado ao sacrifício e seu corpo simbolizava pão, alimento e vida.
Por outro lado, evidencia-se o papai Noel, personagem que foi inspirado em São Nicolau, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.
Aqui no Brasil, todas essas lendas e fatos históricos somam-se a que dezembro é o mês de recebimento do 13º salário para quem é empregado, seja na iniciativa privada ou pública, o que ajuda a "aquecer" a economia nos quatro cantos do país. É exatamente nesse período que os marqueteiros agem com mais vigor e iniciativas diversas, usando a figura do papai Noel para que os adultos se sintam obrigados a presentear seus filhos, pior que isso, compram os presentes e mentem aos pequeninos dizendo: "foi papai Noel que trouxe de presente para você", ou seja, ensinam seus filhos a mentir desde cedo.
Mas, cadê a comemoração do nascimento do Senhor Jesus? Ele que sendo o próprio Deus, nasceu, viveu, sofreu, passou fome e sede, foi torturado até a morte, tudo para nos proporcionar a vida eterna, óbvio, falo isso aos que crêem. Se estudarmos a cultura brasileira, veremos que quando se fala no natal as pessoas logo lembram do Noel, do 13º salário, dos presentes, do champagne, das férias e mais num monte de coisas, menos a reflexão sobre a importância do nascimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Esse deveria ser o foco central, mas lembrar o Salvador não ajuda o mercado a vender!
Que ao comemorar o natal, não esqueçamos que estamos em festa comemorando o aniversário do ser supremo, o próprio Deus. Ora, se quando completamos aniversário fazemos festa, então que façamos mais ainda e como muito mais reverência, no aniversário do Senhor Jesus, mesmo na hipótese que o Senhor jamais nasceu em dezembro (é só estudar a geografia, fatos bíblicos e climatologia local), como também se Ele era alto, de pele branca e olhos verdes, mas tudo isso é menos importante, sendo em dezembro ou no meio do ano, sendo loiro ou negro, o mais importante é reverenciarmos e crer no Senhor Jesus Cristo. Que não deixemos o velho Noel se sobrepor a importância do nascimento do criador de todas as coisas. Nada de apologia a lenda do Noel.
FELIZ NATAL, FELIZ NASCIMENTO DO SENHOR JESUS CRISTO.
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