Por Rodrigo Vianna
O repórter especial da TV Record, Rodrigo Vianna, fez uma série de reportagens para o Jornal da Record na Venezuela, durante o referendo sobre a emenda constitucional proposta por Hugo Chávez. As quatro reportagens foram veiculadas pelo Jornal da Record entre o final de dezembro e o início deste mês. Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, o jornalista disse nesta terça-feira (9/01) que a TV venezuelana é mais plural do que a TV brasileira.
Segundo Vianna, há dois blocos de TVs: um bloco das TVs privadas, de oposição a Chávez e outro bloco de TVs estatais, que apóiam o Presidente da Venezuela. "Existe na mídia venezuelana dois campos muito bem demarcados. De um lado você tem TVs privadas, especialmente a Globovisión e o que sobrou da RCTV, são as duas TVs privadas que batem, mas batem o tempo todo, não se ouve o governo, é pancada o tempo todo no governo do Hugo Chávez. E de outro lado tem as estatais", disse Vianna.
Segundo Vianna, as TVs estatais são três: Venezoelana de Televisión (VTV), a TVES, que ocupou o sinal da antiga RCTV e a Vive TV, que tem uma programação mais cultural.
Rodrigo Vianna disse que a VTV não é maior do que as comerciais, mas, ao contrário do que ocorre no Brasil, essa emissora estatal briga pelo segundo e terceiro lugar na disputa pela audiência. "Ela funciona como um contraponto na Venezuela, realmente... Quem bate muito é a Globovisión, que curiosamente tem esse mesmo nome", disse Vianna.
Vianna disse que os dois blocos de TVs "não se comunicam". Ou seja, quando critica o governo, as TVs de oposição não dão espaço ao governo. E quando as TVs estatais defendem o governo, não dão espaço para a oposição.
Segundo Vianna, o espectador venezuelano fica mais bem informado que o brasileiro, porque pode ter acesso às duas versões diferentes.
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