domingo, 10 de julho de 2011

GOVERNO DILMA TOMA ESPRÉSTIMO DE US$ 500 MILHÕES

O Portal G1 mostra que o governo federal tomou mais um empréstimo externo de US$ 500 milhões, que irão engordar ainda mais a atual montanha de reservas internacionais, já superiores a US$ 337 bilhões, e que não rendem quase nada ao país. A pergunta que surge então é: para que fazer mais dívida externa?

Conforme diz o Portal G1, o objetivo principal deste novo empréstimo é “proporcionar referência para o mercado privado brasileiro em termos de taxas de juros”. Em bom português: o governo brasileiro tomou este oneroso empréstimo para indicar qual a taxa de juros que as empresas privadas terão de pagar para tomar empréstimos externos, ou seja, para fazer dívida externa “privada” que, portanto, impõe pesados custos para o setor público.

O governo anuncia que esta foi a emissão de títulos da dívida externa com a menor taxa de juros da história, de 4,18% ao ano. Tal informação daria a entender que a dívida não seria problema, pois as taxas pagas pelo Brasil seriam muito baixas. Porém, quando acessamos a tabela do Tesouro Nacional
referente às emissões de títulos da dívida “interna”, veremos que, apenas no dia de hoje foram emitidos títulos em um montante mais que 8 vezes maior (R$ 6,6 bilhões), e a taxas de juros mais de 3 vezes maior (quase 13% ao ano). Boa parte destes títulos são comprados por empresas e bancos brasileiros que estão tomando cada vez mais empréstimos externos, conforme mostra notícia do jornal Valor Econômico.

Em suma: o governo faz mais dívida externa para estimular empresas brasileiras a tomarem dinheiro lá fora, para comprar títulos da dívida interna, que paga os maiores juros do mundo. Tais taxas atraem dólares de todas as partes do mundo, em busca da remuneração mais generosa do planeta, conforme mostra o jornal Correio Braziliense. No primeiro semestre, “a avalanche de capital de curto prazo direcionada ao país” aumentou mais que 1.000% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Este modelo econômico deixa o Estado incapaz de investir em setores que terminam sendo privatizados, para viabilizar o pagamento da dívida. Contrariamente ao discurso do FMI e outras instituições que impõem políticas neoliberais, as privatizações trazem grande aumento de preços e piora na qualidade dos serviços, o que mais uma vez foi comprovado por três notícias de hoje.

Enquanto o jornal Valor Econômico mostra as explosões de bueiros no Rio de Janeiro, por culpa de duas empresas privatizadas (a Light e a CEG), o jornal Estado de São Paulo mostra que o Ministério Público está questionando os aumentos das tarifas dos pedágios da BR-116 (entre Curitiba e a divisa de SC e RS), cobrados pela empresa Autopista Planalto Sul, devido à má qualidade da rodovia. E o mesmo jornal Estado de São Paulo mostra que os aeroportuários já se manifestam contra a privatização dos aeroportos, pois já sabem que isto significará.
Fonte: Auditoria Cidadã

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