Por Sandro Pimentel
A greve dos técnico-administrativos das IFES nunca obteve uma ascensão tão rápida, em apenas um mês chegou a alcançar a totalidade das organizações filiadas à FASUBRA e algumas outras que nem são filiadas, mas que entenderam a importância imperativa deste momento político.
A categoria não suporta mais continuar com o menor piso salarial entre todos os servidores públicos federais do país, nem muito menos continuar sendo enganada pelo governo desde a assinatura do termo de acordo de 2007, inclusive, com descumprimento de três cláusulas do mencionado acordo, especialmente no tocante aos benefícios e a racionalização dos cargos que não avançou um palmo sequer.
Vale mencionar que a investida do governo Lula em entregar nossos HUs nas mãos da iniciativa privada segue mais viva que nunca, agora, pelas mãos igualmente privatistas do governo de Dilma Rousseff, apresentando o PL 1749, de 05 de julho de 2011, que tramita em regime de urgência, tendo apenas 45 dias para ser votado.
Nunca é demais lembrarmos o PL 1992/07 que cria a previdência complementar privada dos servidores federais que inclusive, na reunião do governo com toda a bancada sindical na tarde de ontem (06), o secretário de recursos humanos Duvanier Paiva, confirmou que esse projeto é de interesse do governo, portanto não abre mão de sua aprovação no congresso nacional.
Quando o “Avião da Greve” ganhou velocidade, seu objetivo sempre foi conseguir recursos orçamentários para nossa carreira e por isso mesmo voou tão alto, chegando a atingir altitude de cruzeiro, com bases fazendo atividades radicalizadas e HUs fazendo greve independente de APH.
Quando falavam que os novos pilotos não poderiam comandar a aeronave, os técnicos em estágio probatório assumiram o comando de greve em diversos locais, inclusive no Comando Nacional de Greve. O vôo da greve seguia sem turbulência, até que parte dos seus comandantes decidem fazer manobras arriscadas, ignorar a força da categoria e propor a Suspensão da Greve, pior, conseguiram aprovar por cinco votos de maioria, tudo isso, com a preocupação de blindar o comando maior e chefe de estado, o governo de Dilma Rousseff. Agora, nosso vôo está nas mãos da tripulação (entidades) e dos passageiros (base da categoria) para tomar a seguinte decisão: Voltar com o “avião” para seu curso normal de onde não deveria ter saído, tirando-o da turbulência ou sucumbir no deserto das incertezas e embromações do governo Dilma?
Analisando todas essas manobras, o MES - Movimento Esquerda Socialista, defende o retorno do “avião” para seu curso normal, continuando em greve por tempo indeterminado, refazendo seu plano vôo e radicalizando o movimento grevista em todo o Brasil, até seu destino final, qual seja, a vitória da categoria com o atendimento da pauta protocolada pela FASUBRA, portanto, o MES reforça a importância de não acatamento da orientação do Comando Nacional de Greve em relação a suspensão imediata do movimento grevista.
Parabéns Sandro, quanta criatividade heim amigo? Tava inspirado mesmo, deve ter sido o estresse com a pelegada.
ResponderExcluirFlávio Assunção