segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Déficit da Previdência dos Servidores??? Haja Privatização!!!

O Jornal Valor Econômico traz editorial defendendo a aprovação do Projeto de Lei 1992/2007, que privatiza a previdência dos servidores públicos, entregando-a aos “Fundos de Pensão”, cujos recursos são aplicados nos bancos privados.

O Editorial repete os mesmos argumentos falaciosos sobre um explosivo “déficit” na previdência dos servidores, que estaria crescendo como “bola de neve”, e esconde o fato de que, de 1995 a 2010, os gastos com servidores federais aposentados e pensionistas caíram de 22,5% para 14,7% da Receita Corrente Líquida, e de 2,1% para 1,9% do PIB (Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida, com base no Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento de novembro de 2011, págs 13, 14 e 28).

Fundos de Pensão estão quebrando ou enfrentando sérias dificuldades em todo o mundo, especialmente a partir de 2008. A crise escancarou o escândalo dos derivativos sem lastro que inundam os mercados financeiros e que foram endereçados aos fundos de pensão.

O Editorial do Jornal Valor Econômico traz a já manjada afirmativa de que o PL 1992 contribuiria para conquistar a confiança dos credores da dívida, que no futuro aceitariam juros menores para emprestar ao governo. Essa retórica já foi empregada inúmeras vezes - para justificar privatizações, aprovação de Lei de Responsabilidade Fiscal, Reforma da Previdência com corte de direitos em 2003, entre outras - e nunca se implementou na prática. O Brasil tem sido há décadas o campeão em juros altos e estes nunca baixaram após a aprovação dessas nefastas medidas.

É fundamental aumentar a mobilização contra a aprovação do PL-1992, denunciando que o mesmo significa a PRIVATIZAÇÃO da Previdência dos Funcionários Públicos. O FUNPRESP - fundo de pensão que o PL-1992 cria - poderá se tornar um verdadeiro lixão de papéis podres que inundam o mercado financeiro e, como a modalidade de benefício depende dos resultados do mercado, no futuro o servidor pode não ter absolutamente NADA.
Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida

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