
Enquanto isso, os gastos com a dívida seguem sem limite algum, conforme mostra o Dividômetro da Auditoria Cidadã da Dívida, segundo o qual já foram gastos em 2011 (até 5/8) R$ 541 bilhões em juros e amortizações das dívidas externa e interna, o que representa nada menos que 53% de todo o orçamento federal.
Em suma: apesar da Presidente Dilma e do ex-presidente Lula terem criticado a forma na qual os países ricos têm enfrentado a crise - com medidas recessivas e salvamento do setor financeiro às custas do estado, conforme mostra o Portal G1 – é exatamente desta forma que a crise está sendo “combatida” no Brasil.
Na Itália, o “mercado” também é salvo pelo estado: o Banco Central Europeu (BCE) comprou títulos da dívida italiana, em uma operação que termina tendo efeito parecido com as costumeiras intervenções do FMI, ou seja, a concessão de novos empréstimos para viabilizar o pagamento das dívidas anteriores. Tal operação, claro, é sempre condicionada à adoção de medidas nefastas, que foram enviadas pelo BCE ao primeiro ministro Silvio Berlusconi em carta secreta, e incluem “a necessidade de privatizações rápidas, incluindo empresas municipais, e de uma reforma do mercado de trabalho”, conforme mostra a Folha Online.
Diz ainda a Folha Online:“A carta, qualificada pelo "Corriere" como algo próximo de um "programa de governo", estabelece uma lista de ‘medidas que devem ser adotadas, o calendários para sua aplicação e até os instrumentos legislativos que devem ser utilizados’.
O "Corriere" acrescenta que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também pediram à Itália a adoção das medidas anunciadas até o fim de setembro. Já a oposição pediu explicações sobre a carta.
"O que realmente nos pedem o BCE e as instituições internacionais? Um governo impotente totalmente desacreditado e agora sob tutela deve ao menos dizer qual é a situação real", exigiu o líder do Partido Democrata (PD), Pierluigi Bersani.
Berlusconi e o ministro das Finanças, Giulio Tremonti, anunciaram na sexta-feira a aceleração de um pacote de austeridade aprovado pelo Parlamento para alcançar o equilíbrio orçamentário a partir de 2013, ao invés de 2014. O pacote, cujos detalhes não foram divulgados, prevê também uma reforma no mercado de trabalho a partir da liberalização das "profissões fechadas", para as quais é necessário formação específica.”
Sem comentários.
Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida
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