domingo, 12 de junho de 2011

CEARÁ-MIRIM ESTÁ DOENTE, MAS NÃO POR FALTA DE DINHEIRO

Por Sandro Pimentel

Como sabemos os recursos destinados à saúde pública oriundos do sistema SUS são de responsabilidade do governo federal, por isso a saúde é tida como municipalizada. Embora a gestão do delegado prefeito de Ceará-Mirim seja nada transparente, os recursos federais são bastante transparentes e qualquer cidadão pode facilmente acessar os montantes repassados para cada prefeitura, no próprio portal do Ministério da Saúde.

Também é fato que quando a população procura a rede municipal de saúde em nosso município sempre encontra dificuldades no atendimento, seja por falta de equipamentos, médicos e até mesmo materiais básicos para suturas e pequenos curativos, mas por que isso ocorre? Podemos afirmar que por falta de dinheiro não é. Nossa cidade está doente por falta de competência administrativa e a população está doente por falta de atendimento básico, na verdade, se olhar direitinho o Hospital Dr. Percílio Alves parece mais um casarão abandonado, mesmo diante de todo esforço dos servidores que chegam a fazer milagres.

Segundo o portal da transparência do Ministério da Saúde, somente em 2011 a prefeitura de Ceará-Mirim já recebeu nada menos que R$ 4.751.340,84 (quatro milhões, setecentos e cinquenta e um mil, trezentos e quarenta reais e oitenta e quatro centavos) o que não é pouca coisa. Pode até não ser suficiente par atender as demandas de alta complexidade, mas em Ceará-Mirim não tem esse procedimento e quando do encaminhamento para Natal, ninguém consegue uma vaguinha, ou melhor, nem atendimento de média complexidade se consegue.

O mesmo portal do MS dar contas de que nosso município já recebeu este ano a cifra de R$ 201.910,31 (mais de duzentos mil reais), somente para assistência farmacêutica, mas por que nos postos de saúde sequer tem dipirona? Será que os medicamentos estão sendo comprados perto de se vencer? Temo que o delegado tenha feito escola com o ex-prefeito Carlos Eduardo que chegou a desperdiçar 8 mil quilos de medicamentos.

Não menos importante é o montante destinado a atenção básica que já chega a R$ 2.458.506,24 (quase dois milhões e meio) em menos de seis meses, mas cadê a atenção básica? Cadê a saúde preventiva? Ora, se muitas vezes falta gaze, esparadrapo e até luva! Bom, como sou daqueles que acredita que só enriquece na política quem é ladrão! Mas, o que isso tem em relação ao depósito de material de construção no Parque dos Coqueiros? Sei lá....Só sei que nada é feito sem ninguém saber.

Diante de tudo isso, continuamos com a mesma pergunta: Ceará-Mirim tem ou não tem prefeito? Claro que qualquer pessoa em sã consciência vai responder que sim, mas essa não é a principal questão, o principal é quando começará a governar? Já se passaram dois anos e meio e o verdadeiro prefeito ainda não deu as caras, mas o delegado continua mais firme que nunca, basta lembrar a tentativa de desocupação das casas.

O fato é que por muito menos descaso a Câmara Municipal de Natal está ocupada há cinco dias para pressionar os vereadores a cumprir com seu papel e aqui em Ceará-Mirim? Vamos continuar no marasmo, fazendo de conta que está tudo bem, discutindo quem será o próximo prefeito ou voltaremos às ruas? Opino pela segunda alternativa, mas tem que ser com unidade entre todos que querem o melhor para nossa cidade, independente de partidos políticos ou oportunistas de plantão. Do contrário, fica tudo como dantes no quartel de Abrantes e o delegado sorrindo a toa.

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