
Especula-se que, caso o governo não consiga segurar sua base, aceitaria então um salário mínimo de R$ 560, o que resultaria em um aumento real de apenas 2,8%, enquanto seria necessário um aumento de 308% para se cumprir a Constituição, que garante o direito à moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social.
A eterna justificativa para esta limitação ao salário mínimo é a suposta falta de recursos para o aumento dos benefícios previdenciários e assistenciais. Alega o governo que cada R$ 1 de aumento do mínimo gera uma despesa adicional de R$ 286 milhões por ano, porém, cabe ressaltar que este valor é 1.328 vezes inferior ao gasto com a dívida.
Outra fonte de pressão para o governo aprovar o salário mínimo de R$ 545 vem do mercado financeiro: artigo do jornal Valor Econômico mostra que os “juros futuros” – ou seja, os juros exigidos pelos rentistas para refinanciarem a dívida pública – subirão caso o valor aprovado seja maior. Este é mais um exemplo de como o processo de “refinanciamento” (ou “rolagem”) da dívida, apesar de desprezado por muitos especialistas (que o consideram apenas como um mecanismo “contábil”, sem impacto no orçamento), funciona como uma eterna e sistemática chantagem dos mercados contra o governo.
Desta forma, fica difícil aumentar os gastos sociais. Notícia do jornal Estado de São Paulo mostra que 71% da população avalia o Sistema Único de Saúde (SUS) como muito ruim, ruim ou regular, sendo que apenas 28,9% consideram bom ou muito bom. Uma das principais queixas da população é a demora para o atendimento nos hospitais públicos. Alega o governo que, para tentar resolver esta situação, é necessário que se crie mais um tributo, conforme mostra o Jornal de Brasília. Logo após a votação do salário mínimo, a Presidente Dilma deve enviar ao Congresso um projeto para recriar a CPMF, que será embutida nos preços de todos os produtos, onerando principalmente os mais pobres.
Sem enfrentar o problema do endividamento, o povo continuará pagando a conta, com mais tributos, e menos serviços públicos.
Alem de um salário minimo de fome ainda quer criar mais um tributo que só atinge de fato os mais pobres, sem falar que não resolve os problemas da saúde, quem não se lembra da antiga CPMF, foi aplicada em tudo quanto foi falcatruas menos na saude, quem gatrante que será diferente com esta nova?. Porque ao inves de investir mais de 30% do orsamento no bolço dos banqueiros não melhora o investimento na saúde?. Mas é melhor defender sua propria pele. Agora por favor so não diga que é de esquerda, como defendem os petista. SANTOS
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