DIA DE FINADOS: ATÉ OS MORTOS CHORAM À SITUAÇÃO DE CEARÁ-MIRIM

Por Sandro Pimentel
Neste dia 02 de novembro são muitas as pessoas que se preparam para visitar o túmulo do ente querido que partiu para outro universo. Para muitas as pessoas é uma oportunidade de relembrar os bons momentos enquanto estiveram juntos.

O Dia de Finados foi instituído no século 10, por Santo Odílio, na França, para os mosteiros de sua ordem especificamente. No século 11, a igreja católica universalizou a data através dos papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX, que obrigaram a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos. Já a data 2 de novembro foi instituída no século 13.

Feriado oficial no calendário nacional, o Dia de Finados (2) foi institucionalizado no século 13, e em geral, é celebrado pelos católicos, no entanto, também é lembrado por budistas, judeus e seguidores de outras religiões. Muitas pessoas vão aos cemitérios para deixar flores ou acender velas por seus mortos, outros, porém, optam por fazer preces pelas almas de seus entes queridos. De uma forma ou de outra, todos elevam seus pensamentos com respeito pelo parente ou amigo que já se foi. Muitas pessoas choram ao lembrar que uma pessoa bem próxima a você está sepultada ali naquele local. Também é um momento propício de elevarmos nossos pensamentos e fazermos nossas preces para que nossa cidade saia do sepulcro administrativo, pois se pudéssemos ver, muitos desses mortos que ajudaram a construir nosso município, também estariam chorando de indignação por não poderem se levantar e ajudar no processo de reconstrução da cidade.

Para milhões de católicos espalhados pelo mundo o Dia de Finados é o dia da celebração da vida eterna das pessoas queridas que já faleceram, mas em Ceará-Mirim essa data também se confunde com a tristeza de ver nossa cidade no túmulo, do ponto de vista da moralização do serviço público e da responsabilização das instâncias executiva e legislativa municipal. É como se estivéssemos vivendo uma morte coletiva, dado o descaso e a irresponsabilidade administrativa do delegado prefeito.

Agora é rezarmos, orarmos ou tomar qualquer atitude diante de Deus para que ilumine os cearamirinenses a encontrar uma solução de modo que nossa cidade volte a ter um prefeito e não um delegado, mas as orações devem estar diretamente lincadas com a mobilização da população exigindo a cassação do delegado prefeito, antes que um mal maior ocorra.

Quinta-feira é o dia de estarmos mais uma vez nos organizando para realizarmos um grande ato público que poderá ser seguido ou não de ocupação da prefeitura pelo povo, afinal é a casa do povo que deveria estar sendo governada em benefício do povo. Ora, se a população cassou o mandato de um presidente da república, porque não pode fazer o mesmo com um delegado disfarçado de prefeito?